13/08/2009 13h58
 

A diretora de saúde coletiva, Consuelo Matiello, e o médico Pedro Borges, estiveram na sessão da Câmara desta quinta-feira (13) para esclarecer dúvidas dos vereadores referentes à gripe suína – influenza A H1N1.

 

Informação, prevenção e medicação foram temas dos questionamentos. A volta às aulas e os shows em comemoração ao aniversário de Sorocaba, também foram lembrados. Consuelo respondeu dizendo que foram encaminhados às escolas, informativos com as ações corretas de prevenção.

 

À secretaria de cultura a orientação foi disponibilização de água e sabão ou álcool gel nos banheiros dos eventos, ventilação suficiente e buscar evitar que pessoas com sintomas frenquentem os shows. “Todo o momento em que somos consultados, emitimos pareceres”, informou.

 

Foram levantados também o cuidado especial com as mulheres grávidas e o uso de máscaras. “Mais importante que o uso de máscara para a população em geral, são os hábitos de higiene, para que se tente evitar ao máximo o número de casos”, explicou Consuelo.

 

Dados atuais

 

Os últimos dados referentes a doentes e casos suspeitos em Sorocaba, foram divulgados pela prefeitura na quarta-feira (12). São 60 casos confirmados (de 1/5 a 12/8), sendo 31 homens e 29 mulheres, com dois pacientes internados, 68 caos suspeitos e três óbitos com suspeita de serem decorrentes da doença.

 

Consuelo destacou que os boletins são semanais e os números estão à disposição de todos no site da prefeitura.  “Os dados divulgados são os mesmos encaminhados ao Ministério da Saúde. São números oficiais na cidade, estado e país”, esclareceu.

 

Questionamentos

 

O vereador Francisco França, que acionou o Ministério Púbico para pedir transparência nas informações divulgadas pela Secretaria de Saúde, fez uma série de questionamentos: qual vai ser a atuação da vigilância epidemiológica nos shows em comemoração ao aniversário da cidade, quais as medidas de prevenção tomadas nos terminais de ônibus, se as servidoras públicas grávidas serão dispensadas do trabalho e se existe um telefone para a população se informar antes de ir procurar atendimento médico.

 

As mesmas dúvidas foram levantadas por outros vereadores, assim como a demora no resultado dos exames e conseqüente comprovação dos casos de morte suspeitos.

 

A diretora informou que os resultados de exames estão demorando no mínimo quatro dias, com prioridade para casos de morte, mas frisou que o tratamento é iniciado assim que identificado a suspeita da doença.

 

“Os exames são colhidos apenas de pacientes internados. Não há falta de medicamento, quando o exame dá negativo, a medicação é recolhida. Nunca o parecer clínico do médico foi tão importante. Nós não podemos esperar resultado de exames”, disse Consuelo.  

 

A diretora disse que há o aumento do número de casos, mas não de gravidade da situação. “Não há descontrole ou situação de risco na cidade”, afirmou. “Neste momento Sorocaba tem casos confirmados, mas temos absoluto controle, não temos falta de vagas e os casos suspeitos receberam atendimento. Temos que ter cuidado, mas não é situação para pânico porque não estamos nesse momento, e se depender da Diretoria de Saúde não vamos chegar”, concluiu Consuelo.  

 

O presidente da comissão de saúde da Câmara, vereador Luis Santos (PMN) disse que sabe que a vigilância está tomando uma série de ações, mas que muitas delas não estão chegando à população e que falta informação. “Tem o fator psicológico, a população precisa de sinais externos para se acalmar, como cartazes nos ônibus e máscaras nas escolas para demonstrar que as ações estão sendo feitas”, sugeriu.