08/04/2020 10h30
atualizado em: 08/04/2020 10h41
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Em entrevista concedida à TV Câmara na manhã desta quarta-feira, 8, o administrador do hospital do Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil (Gpaci), Ricardo Diacov, e o enfermeiro do controle de infecção da unidade, Lenine Soares, falaram sobre a estrutura preparada para atendimento de crianças e adolescentes que eventualmente sejam contaminadas com o coronavírus e necessitem de atendimento hospitalar.

Diacov ressaltou que desde o início da pandemia o Gpaci criou um comitê interno para discutir o assunto, que deliberou pela reorganização do hospital, com uma nova gestão de leitos. Segundo ele, estão à disposição do serviço público de saúde, caso seja necessário, 26 leitos (dois por quarto), organizados em um andar inteiro dedicado exclusivamente para receber crianças e adolescentes com coronavírus. Dentre esse número de leitos, dois são de atendimento semi-intensivo e quatro de isolamento. “Não sabemos se essa demanda vai ser crescente e se o vírus irá acometer o público infanto-juvenil, mas estamos preparados para enfrentar essa situação”, afirmou.

O administrador do hospital informou que até o momento não há nenhum paciente internado, médico ou funcionário com suspeita ou confirmação de coronavírus. Diacov destacou que toda a equipe está tomando todas as precauções para evitar contaminações e transmissões do vírus, mas relatou preocupação com eventual falta de EPIs. “Estamos preocupados porque temos poucas máscaras em estoque. Estamos procurando matéria-prima e uma confecção que possa produzir máscaras para o hospital, além de aventais e outros equipamentos de proteção individual”.

O enfermeiro Lenine Soares lembrou que os pais precisam manter a atenção ao calendário de vacinação das crianças e adolescentes. “Daqui para frente as doenças respiratórias entram em seu período de sazonalidade. As crianças precisam se vacinar, os pais que controlam a carteira de vacinação podem ir para o posto de saúde”, afirmou, destacando que a vacinação em dia colabora muito para o diagnóstico do coronavírus, pois permite a exclusão de outras doenças respiratórias no caso do surgimento de sintomas em comum.

Por fim, Ricardo Diacov salientou também que o Gpaci precisa da colaboração para enfrentar a situação. “Por ser um hospital sem fins lucrativos, a doação de insumos e recursos é fundamental para nós. Estamos passando por um momento que cada um precisa ajudar ao outro”. As doações podem ser feitas por meio do site gpaci.org.br e pelo telefone (15) 2101-6590.