03/06/2020 13h00
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Em entrevista à Rádio Câmara, parlamentar falou sobre saúde, economia e assistência social e criticou morosidade nas ações da Prefeitura

O vereador Renan Santos (PDT) foi o entrevistado da manhã desta quarta-feira, 3, da Rádio Câmara quando falou sobre a atuação do Município durante a pandemia do novo coronavírus. O parlamentar destacou que levou uma série de ideias e questionamento ao Executivo sobre o enfrentamento da crise econômica e de saúde.

O vereador reforçou que a saúde em Sorocaba já apresentava um represamento, que será agravado devido à suspensão de consultas e procedimentos e à crise econômica que se avulta. “Primeiro é preciso lamentar essa pandemia, sobretudo no Brasil, que já vinha sofrendo com a crise econômica, com milhões de desempregados”.

Renan Santos reforçou que continuou trabalhando durante todo o período, mesmo com a quarentena, participando, inclusive das reuniões do comitê municipal de combate ao Covid-19. “Temos a experiência de conviver com os problemas diários do povo”, frisou. Disse ainda que alertou a prefeita de que seria preciso replicar casos de sucesso e boas ações de outras localidades. “Uma delas, que acho fundamental, seria copiar um exemplo da cidade de Niterói de empréstimo a juro zero para socorrer microempresários, para que não quebrassem”, exemplificou.

Santos também fez questão de afirmar que “não vê uma dicotomia entre saúde e economia”. Sobre as pessoas em vulnerabilidade, disse que considera indispensável que, em uma situação atípica como essa de pandemia, houvesse um acordo do Executivo com o Ministério Público para minimizar as regras de concessão efetiva de benefícios aos que necessitam de ajuda. 

O vereador criticou a morosidade na entrega de cestas básicas e o uso exclusivo do Cadastro Único como parâmetro de distribuição de benefícios sociais. “Uma pessoa que trabalhava com comissão, por exemplo, não caracterizava como vulnerabilidade. A partir de que o comércio parou, essa pessoa vai à renda zero”, lamentou.

Sobre o acesso da população à saúde, defendeu a reabertura de parte das Unidades Básicas Sociais (UBSs), de forma setorizada e com testagem de servidores e pacientes. “Fecharam e não criaram uma alternativa a contento. Da forma como está hoje, sou contrário. Passaram dois meses e fecharam por fechar”, opinou, destacando que “a porta de entrada para saúde” está fechada, prejudicando o controle de outras doenças. 

O parlamentar comentou ainda a abertura de parte do comércio nesta semana, que levou a aglomeração de pessoas logo no primeiro dia de flexibilização. Santos criticou a falta de ajuda do Governo Federal às famílias para que se mantivessem em quarentena. “Vários especialistas alertam que não era o momento de reabrir o comércio, mas também é compreensivo o anseio dos trabalhadores, por conta da falta de ajuda efetiva do Governo Federal”, afirmou. 

E, como membro da Comissão de Economia, Finanças e Orçamento da Casa, reforçou que a situação financeira do Munícipio é preocupante. O parlamentar defendeu que todos os gastos não prioritários sejam cortados e que haja uma cobrança de auxílio do Governo Federal. 

“Uma vez que, como informou o secretário da Fazenda, a queda de arrecadação será de no mínimo R$ 500 milhões no ano, podendo chegar, se houver a queda de 11% no PIB, a R$ 800 milhões e, num caos total, chegar a R$ 1 bilhão. Se não houver reposição do Governo Federal, vamos passar por maus momentos, sendo os serviços essências prejudicados”, concluiu. 

A entrevista com o vereador Renan Santos (PDT) foi transmitida ao vivo pela Rádio e TV Câmara (Canal 31.3; Canal 4 da NET e Canal 9 da Vivo) e redes sociais da Casa e ficará disponível nas plataformas digitais.