07/08/2020 11h13
Facebook

Em seu balanço semanal, o presidente da Câmara, vereador Fernando Dini (MDB) comentou temas como retomada econômica, saúde, educação e habitação. Durante entrevista concedida à TV Câmara na manhã desta sexta-feira, 7, Dini também falou sobre a expectativa de mudança de fase de Sorocaba no Plano São Paulo. 

O presidente do Legislativo destacou a necessidade de reaquecimento da economia e afirmou que é função do Poder Público amenizar o sofrimento das pessoas, ante o cenário de incertezas e dificuldades gerado pela pandemia, mas que a população deve dividir a responsabilidade, para que essa retomada seja mais segura. “Fico feliz que as atividades estejam retomando, amenizando a falta de empregos na cidade. Com certeza nós consumidores seremos os melhores fiscais”, afirmou, lamentando, porém, o fato de que muitos comerciantes e prestadores de serviço não conseguirão retomar suas atividades, devido ao impacto financeiro sofrido. 

O presidente Fernando Dini também cobrou que profissionais de Saúde e do Samu recebem por insalubridade. “Sabemos que os médicos e enfermeiros convocados para o hospital de campanha tem adicional de 40% em cima de seus vencimentos. Muito justo, mas temos outros profissionais que também convivem com essa doença diuturnamente, que são os do Samu e dos PAs, que fazem o mesmo trabalho, estão expostos ao mesmo risco e não tem essa gratificação”, afirmou.

O presidente cobrou mais eficiência da Secretária de Saúde para que a população não fique desassistida, como estaria acontecendo com pacientes com deficiência, doenças crônicas e gestantes. Dini ressaltou que houve um esvaziamento de especialistas das unidades e desmonte da Policlínica para composição do hospital de campanha. “Essas pessoas estão enfrentando sérios problemas em seus tratamentos contínuos. Medicações e passagem com especialistas não podem faltar, mas, infelizmente, alguns governantes acreditam que só a covid mata. Existem outras doenças que também matam, ou facilitam o ataque da covid com mais rigor”, afirmou 

Invasão de escolas - Dini falou também sobre a crescente onda de furtos e vandalismo nas escolas municipais. O presidente está cobrando do Executivo a implantação de uma rede de vídeomonitoramento nas escolas, 24 horas, lembrando que a Guarda Civil Municipal já possui um Centro de Inteligência. “A capacidade do Poder Público nessa tecnologia já está muito avançada. Seria necessário apenas um processo de licitatório para que essas escolas estivessem equipadas tecnologicamente para que isso não aconteça mais”, frisou. 

O presidente também defendeu a volta dos caseiros às escolas e alterações legais para que o combate a essa prática criminosa seja mais eficiente. “Temos que ter consciência que isso é um agravante e a legislação precisa ser alterada, para que seja mais penoso para esses marginais que praticam esse tipo de crimes nas escolas, pois o prejuízo é grande para toda a comunidade”.

Outra luta encampada pelo presidente é a dos condutores do transporte escolar. Dini, que se reuniu nesta semana com representantes da categoria, quer que os condutores recebam auxílio emergencial e também possam atuar em outras atividades durante a pandemia. “As vans escolares, devido a legislação municipal, só podem desenvolver esse serviço. Não podem ser utilizadas para outras coisas. Então estamos buscando a mudança da legislação e que eles, pelo menos, recebam um auxílio financeiro”, disse. 

O presidente sugere ainda a suspensão dos impostos para a categoria, para que possam ser pagos depois da retomada das atividades, em parcelas. “A legislação engessou os condutores. Essas pessoas estão desempregadas e não podem trabalhar há cinco meses. Como farão a manutenção adequada das vans sem dinheiro? E mais, com nome sujo, não poderão fazer a renovação de suas licenças”, reforçou.

Também nesta semana, o presidente Fernando Dini esteve reunido com o gerente regional da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo), Eric Vieira. “Enquanto prefeito fizemos a indicação de uma área no Nova Sorocaba que irá receber 250 moradias. Mas, precisamos de mais. Precisamos também retomar a regularização fundiária na cidade para atender as famílias que precisam de suas escrituras definitivas”, destacou. Dini disse ainda que o próximo prefeito deverá se atentar aos vazios urbanos da cidade, alvos de especulação imobiliária, e também realizar um amplo estudo sobre o déficit habitacional.

Por fim, como de costume, o presidente do Legislativo pediu que a população continue fazendo sua parte, evitando aglomerações, usando máscara e mantendo hábitos de higiene para que as taxas de ocupação de leitos nos hospitais continuem caindo. “Quero prestar minha homenagem àqueles que se foram. Nossa luta continua a todo vapor para que esse sofrimento não se estenda a outras famílias”, finalizou.