14/08/2020 21h46
atualizado em: 14/08/2020 21h50
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O Tenente Coronel Fernando de Agrella, comandante do 7º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPMI) participou, na tarde desta sexta-feira (14), do programa Câmara Debate, transmitido ao vivo pela TV Câmara Sorocaba, rádio e mídias sociais do Legislativo. Na entrevista, o policial falou sobre a atuação da corporação na prevenção e repressão de crimes na cidade.

Agrella apresentou números que mostram o empenho da Polícia Militar em garantir a segurança da população, mesmo durante o período de pandemia. Segundo ele, houve queda nos principais indicadores de criminalidade no mês de julho, em comparação ao mesmo período no ano passado. As reduções nas taxas de ocorrência foram de 52% em roubos, 50% em furtos em geral, 48% em furto de veículos, 33% em homicídios e 8% em roubos de veículos.

O comandante afirmou que a quarentena causada pela Covid-19 contribuiu com o trabalho da polícia devido ao menor número de pessoas e veículos circulando, o que garantiu respostas mais rápidas e aumento de prisões. Ele contou, porém, que a situação gerou um aumento nos atendimentos de ocorrências em residências. “Forma chamados de desinteligências, brigas e até mesmo agressões por conta das pessoas permanecerem mais em casa”, concluiu.

O policial destacou que o trabalho da Polícia Militar é de prevenção e que, para isso, necessita da colaboração da população que deve sempre efetuar os registros de ocorrências e manter um comportamento atento para evitar ser vitima de crimes. “É claro que atuamos na repressão imediata quando os crimes ocorrem, mas nosso foco é na atuação preventiva”, destacou.

Entre as orientações passadas à população, ele destacou algumas praticas que dão sinais aos criminosos e que devem ser evitadas, como deixar a luz da casa acessa durante o dia ou não recolher correspondências. Nas redes sociais, o policial também alertou sobre a necessidade de cuidados com a exposição da rotina diária, como evitar postagens com fotos de viagens ou que ostentem movimentações financeiras, e também dadas sobre a escola onde os filhos estudam.

Questionado sobre projeto de lei que proíbe os chamados “pancadões”, eventos não autorizados que aglomeram pessoas e veículos com som alto, e que gerou grande debate na casa de leis, Agrella lembrou que esses eventos geralmente acabam em ocorrências de crimes, como infrações de trânsitos, perturbações e até mesmo tráfico de drogas. Ele parabenizou a Câmara por discutir o tema e afirmou que uma legislação ajudaria bastante ao estabelecer punições efetivas para quem extrapola os direitos e prejudica outras pessoas.

Agrella contou que policias já foram agredidos com pedras e garrafas em ocorrência para dispersar alguns pancadões, e afirmou que desde o começo do ano 70 pessoas já forma presa nessas atividades, sendo 20 por tráficos de drogas, além de 500 veículos removidos por infrações e mais de 1.200 autuações de trânsito. “Com esses números fica claro que as pessoas acabam usando esse locais para prática de outros crimes”, ressaltou.

Para coibir os pancadões, Agrella contou que a PM tem organizado a Operação “Paz e Proteção” em nível estadual, e reforçou a importância do projeto de lei debatido na Câmara. “Esperamos que acabe desestimulando essa prática”, afirmou, ressaltando que a PM sempre apoia eventos que promovam o lazer e diversão em locais públicos que não prejudiquem a tranquilidade.

Ações gravadas – O comandante do 7º BPMI, entidade que acaba de comemora 100 anos, comentou que até o final do mês de outubro a corporação de Sorocaba deve iniciar a utilização de microcâmeras acopladas aos coletes para gravar a atuação dos policiais.  “O 7º Batalhão será um dos pioneiros nessa prática”, destacou. Ele afirmou que a iniciativa é importante para legitimar a ação dos policiais e mostrar os riscos da rotina de trabalho, lembrando que as imagens ficarão à disposição de órgão corregedores. Ao final da entrevista, o comandante lembrou que a Polícia Militar está sempre a disposição da população pelo telefone 190, ou na sede do Batalhão e também nas bases comunitárias