01/11/2024 13h59
atualizado em: 01/11/2024 14h19
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A vereadora quer saber se se trata de possível licenciamento para supressão de espécimes em fragmento remanescente do Cerrado

Bióloga de formação, a vereadora Iara Bernardi (PT) conta que observou na Avenida Fernando Stecca, próximo ao número 1.400, “um belíssimo espécime de ipê amarelo florido”, que chamou sua atenção em virtude de sua “morfologia típica de cerrado, com tronco e galhos retorcidos, casca grossa e com poucas folhas, além de uma inflorescência de rara beleza”.

“Parei para observar, não apenas esse espécime, mas toda a área florestada do seu entorno, um significativo fragmento remanescente do Cerrado, bioma que ocupava vasta área do nosso município. Então, pude observar, através do alambrado que separa a mata da avenida, que cerca de 200 árvores do fragmento remanescente do Cerrado possuíam números pintados nos caules, sugerindo supressão ou mesmo estudo acadêmico” – afirma a vereadora.

Esse fato levou Iara Bernardi a apresentar um requerimento, já aprovado na Câmara Municipal, em que solicita informações sobre esse conjunto de aproximadamente 200 árvores, com o caule pintado, na Avenida Fernanda Stecca. “O objetivo é saber se existe algum tipo de solicitação de licença para esse local, denominado nas imagens que estou encaminhado em anexo como ‘árvores marcadas’” – explica.

Ao comparar duas imagens de satélites, a vereadora observou uma supressão de vegetação em área do fragmento denominada “Área desmatada”. Iara Bernardi salienta que sua preocupação em obter esclarecimentos se justifica porque “as formações naturais de cerrado se concentram principalmente no interior paulista e se distribuem em fragmentos, convivendo com áreas intensamente modificadas pela ocupação humana, e o conjunto desses fragmentos vegetais se constitui num significativo mosaico ecológico que, através dos corredores de fauna, assegura o fluxo gênico e a manutenção da biodiversidade”.