24/11/2010 15h55
 

Informação foi dada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico em audiência pública convocada pelo vereador José Crespo (DEM)

 

Com terreno já escolhido e disponibilizado, em breve o bairro do Éden poderá contar com uma escola de ensino fundamental do Sesi. A informação é do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Mário Tanigawa, e foi prestada durante audiência pública realizada nesta terça-feira na Câmara Municipal.

 

A audiência foi convocada pelo vereador José Crespo, para tratar da permanência da feira livre do Mangal no bairro após a implantação de um centro cultural do Sesi na área onde aquele comércio se desenvolve hoje. Os representantes da Prefeitura tranqüilizaram os feirantes, dizendo que eles não serão removidos da região.

 

Crespo marcou a audiência diante da inquietação dos feirantes e dos moradores do Mangal com a falta de informação da Prefeitura sobre o destino da feira livre que se realiza aos sábados no espaço que dentro de pouco tempo vai abrigar um teatro e uma escola do Sesi.

 

Diante de um público de 150 pessoas que lotou o plenário e o espaço da platéia da Câmara, o secretário Tanigawa expôs as bases da negociação havida entre a Prefeitura e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), à qual o Sesi é ligado, para a doação do terreno de meio alqueire à instituição, para ali ser implantado um centro cultural.

 

 Pelo acordo, naquele local o Sesi vai construir um teatro para 380 lugares e um prédio de quatro andares para abrigar uma escola de ensino fundamental com capacidade para mil vagas. Nele está embutida ainda a construção de uma nova escola do Senai (outra entidade ligada à Fiesp) na região do Itavuvu, em terreno já liberado para construção. Ao todo, as três obras representam um investimento da ordem de R$ 55 milhões da Fiesp na cidade.

 

 Na audiência onde o secretário Mário Tanigawa expôs os investimentos da Fiesp previstos para os próximos anos em Sorocaba, uma senhora o questionou sobre a localização da nova escola do Sesi que, segundo ela, não deveria ser construída no bairro do Mangal, mas sim na região do Éden, onde existe espaço e demanda suficientes para abrigá-la.

 

 O secretário Tanigawa surpreendeu os presentes ao anunciar que já existe terreno disponibilizado para a construção de uma escola do Sesi no Éden. Ele informou que a concretização da obra está na dependência única da Fiesp. Falando em nome da Prefeitura, Tanigawa disse que “temos quase certeza disso (a construção da unidade escolar)”.

 

Feirantes tranqüilos

 

Feirantes temerosos com a possibilidade do fim da feira livre do Mangal saíram satisfeitos da audiência pública realizada terça-feira na Câmara para discutir essa hipótese, levantada após a doação, pela Prefeitura, da área de meio alqueire onde aquele comércio se desenvolve já há mais de 30 anos aos sábados (nos demais dias da semana, o espaço é ocupado para treinamento de motociclistas, sendo que no domingo ali se realiza o feirão do automóvel, a cargo de rotarianos).

 

O vereador José Crespo explicou que, no caso das aulas para motociclistas e da atividade de compra e venda de veículos, essas atividades serão transferidas para a área do antigo Matadouro, no Jardim Brasilândia. No tocante à feira livre, até a audiência de terça-feira os comerciantes só sabiam de comentários sobre o que lhes estava reservado a partir do início das obras do centro cultural do Sesi.

 

  Além do secretário Mário Kajuhico Tanigawa a, também seu colega da pasta de Governo, Paulo Mendes, garantiu aos feirantes que o comércio por eles desenvolvido continuará na mesma região – possivelmente ao longo da rua José Miguel, que dispõe de 680 metros lineares para abrigar as barracas, hoje ocupando um espaço menor.

 

  A preferência da Prefeitura para a mudança da feira é para aquela rua – mas trata-se de uma decisão que ainda pode ser alterada, havendo sugestões e a possibilidade de que o comércio seja transferido ou para a praça da Maçonaria ou uma área pública de 900 metros quadrados, localizada na rua Indianópolis – ambas as opções são próximas da rua José Miguel.

 

  A partir do ato formal de doação do imóvel, o Sesi está com dois anos de prazo para elaborar os projetos e outros dois para construir o centro cultural na área do chamado feirão do Mangal. Segundo o secretário Mário Tanigawa, a intenção do prefeito Vitor Lippi é inaugurar o complexo até o final do seu governo (2012).

 

  O vereador José Crespo, ao final da audiência, sugeriu, e teve a proposta aceita, que um grupo de feirantes e representantes dos moradores do Mangal acompanhe o desenrolar das providências práticas para a construção do teatro e da nova escola do SESI, que implicará na remoção da feira livre que hoje ainda se realiza no local.

 

Os representantes da Prefeitura garantiram aos feirantes que, até o início efetivo das obras do centro cultural do Sesi, ninguém vai mexer com a transferência feira-livre.

 

(Assessoria de Imprensa do vereador José Crespo/DEM)