07/02/2011 15h56
 

Segundo Moko Yabiku (PSDB), o prefeito Vitor Lippi autorizou a obra, e o Saae, ao contrário do que havia informado, não tem impedimento do Daae para realizá-la

 

“Sorocaba não pode mais conviver com um esgoto a céu aberto em sua região central.” A afirmação é do vereador Moko Yabiku (PSDB), referindo-se ao trecho do córrego Supiriri situado entre as ruas Professor Toledo e Padre Luiz. Por meio de novo requerimento apresentado na Câmara Municipal, o vereador quer saber se o Saae (Serviço de Autônomo de Água e Esgoto) já deu entrada no Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) do pedido de autorização para proceder à canalização em sessão fechada do referido córrego.

 

Em novembro último, Moko Yabiku esteve reunido com o prefeito Vitor Lippi, juntamente com o deputado federal Antonio Carlos Pannunzio (PSDB), quando reivindicou a canalização fechada do córrego Supiriri. “O próprio Vitor Lippi foi de bicicleta até o local e constatou que a canalização do córrego tem de ser em sessão fechada e não aberta, para evitar que o leito do córrego continue sendo transformado em esgoto”, explica Yabiku, que vem reivindicando a medida desde o seu primeiro mandato na Câmara Municipal, iniciado em 1989.

 

Histórico de contradições – Moko Yabiku havia questionado o Saae sobre a possibilidade de canalização fechada do córrego, mas a resposta da autarquia municipal foi que o Daee (órgão estadual responsável pela gestão dos recursos hídricos) não havia autorizado a medida. O vereador, sabendo que o Daee havia permitido a canalização fechada de outro trecho do mesmo córrego, só que em área particular, voltou a questionar o Saae para saber as razões da diferença de tratamento, num caso e noutro, por parte do Daee.

 

“A resposta que obtive foi completamente insatisfatória. O Saae simplesmente afirmou desconhecer as razões de não ter sido autorizada a canalização fechada e não se deu ao trabalho de buscar as informações junto ao Daee para responder ao meu requerimento”, afirma Yabiku. “Então, questionei diretamente o Daee, que, em resposta afirmou não ter proibido a canalização fechada do referido trecho do córrego, uma vez que o Saae jamais requereu autorização para realizar esse procedimento”, indigna-se.

 

O vereador Moko Yabiku – que é engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da USP – sustenta que há razões técnicas para se proceder à canalização fechada do córrego Supiriri, tanto que o próprio Daee já autorizou esse tipo de canalização em outro trecho do manancial no Retiro São João. A medida, segundo ele, beneficiará não só os moradores da vizinhança do córrego, mas todo município, uma vez que o centro é ponto de confluência de toda a cidade.