21/06/2011 12h46
 

Para José Crespo (DEM), a Prefeitura está protelando a resolução do problema, o que ele classifica como "inaceitável"

 

Há pelo menos onze dias não acontecem reuniões entre representantes da Prefeitura e da Santa Casa de Misericórdia para resolver o impasse criado com a decisão da diretoria do hospital de interromper o funcionamento do pronto-socorro municipal em 31 de agosto se a municipalidade não aumentar o repasse financeiro mensal para esse encargo.

 

O vereador José Crespo (DEM), presidente da comissão formada na Câmara para acompanhar essas negociações, estranha essa falta de interesse entre as partes envolvidas para resolver logo a questão. “Já passaram três semanas do prazo de 90 dias para o fechamento do pronto-socorro, o que naturalmente causa justa apreensão a todos que dependem daquela unidade de emergência. Entendo que está havendo uma irresponsabilidade e um desrespeito de ambas as partes para com a população sorocabana com essa ausência e aparente desinteresse em prosseguir com as negociações”, disse Crespo.

 

O vereador entende que a Santa Casa pode não estar totalmente com a razão nessa história, mas, no seu entender, a única responsável pela manutenção do pronto-socorro é a Prefeitura: “De uma maneira ou de outra, a Prefeitura está obrigada a manter esse serviço essencial, seja nos moldes do convênio atual ou através de outra solução, como, por exemplo, a implantação de outra unidade, para aliviar a carga de trabalho do atual pronto-socorro, que poderia assim continuar funcionando sem aumento de repasses financeiros, pois haveria uma diminuição de pacientes ali atendidos” – sustenta o vereador.

 

Crespo acrescenta: “O que a Prefeitura não pode, mesmo, é continuar se comportando de maneira absolutamente inaceitável, protelando irresponsavelmente a solução de um problema exclusivamente seu e gerando um amargo clima de intranqüilidade e angústia para quem não tem qualquer culpa pelas pendengas não resolvidas entre ela e a Santa Casa: o usuário dos imprescindíveis serviços médicos do pronto-socorro municipal”.

 

No último dia 10, o vereador Crespo, na qualidade de presidente da comissão legislativa formada para acompanhar as negociações entre a Prefeitura e a Santa Casa, protocolou ofícios endereçados ao prefeito Vitor Lippi e ao provedor do hospital, José Antonio Fasiaben, comunicando a constituição do grupo e pedindo que ela fosse informada, com a devida antecedência, para que participe de todas as reuniões referentes à questão do pronto-socorro, com a presença dos destinatários ou de seus prepostos. Crespo forneceu seu e.mail pessoal para ser informado sobre as reuniões.

 

Por enquanto, desde o dia da entrega daquelas correspondências não aconteceu nenhuma negociação entre a Prefeitura e a Santa Casa. Crespo disse que a comissão da Câmara pretende participar das reuniões ouvindo argumentos e colhendo dados. “Se até a próxima segunda-feira (27) as duas partes não chegarem a um acordo, afastando da população a ameaça de fechamento do pronto-socorro, a Comissão de vereadores pode intervir e poderá levar oficialmente o caso ao conhecimento do Ministério Público, para análise de providências cabíveis”, concluiu Crespo.

 

(Assessoria de Imprensa do vereador José Crespo/DEM)