13/07/2011 16h50
 

A audiência pública para discutir a inovação tecnológica em Sorocaba, organizada pelo vereador Helio Godoy (PTB) na manhã desta quarta-feira (13), na Câmara, apontou as principais falhas da lei de inovação elaborada pela Prefeitura, que os vereadores vão votar nesta quinta.

 

“Em nossa opinião, existem três questões fundamentais que precisam de um debate maior: a composição e papel do conselho de ciência, tecnologia e inovação; a criação e gestão do fundo de apoio à inovação e a participação da Prefeitura em empresas privadas”, diz Godoy.

 

Mesmo assim, o parlamentar entende que a proposta é positiva e importante para o município. “Precisamos de um conjunto de regras para gerir o setor depois do Parque Tecnológico”. A ressalva do vereador é que a discussão não foi suficiente pelo tempo de análise.

 

O vereador critica, por exemplo, o fato de a Prefeitura ter quase 40% dos 23 membros do conselho. Afirma também que o total definido é pequeno e não contempla a representatividade necessária. “Faltam as universidades, o meio acadêmico e entidades de pesquisa”.

 

Helio Godoy diz também que não está estabelecido de forma clara qual será o papel, a composição e a atuação do Fundo de Apoio à Inovação. Ele diz que tudo o que o projeto fala é que a Comissão Municipal de Tecnologia apresentará as propostas que serão financiadas pelo fundo.

 

O ponto que o vereador considera mais sério é a participação da Prefeitura na administração e nos resultados de empresas privadas. “Qual será essa participação em termos percentuais? Qual o risco envolvido? O cidadão não pode bancar um possível prejuízo”.

 

Para o vereador, nenhum desses itens foi detalhado no projeto e tampouco se conseguiu isto na audiência, apesar dos questionamentos apresentados, porque o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mário Taniguawa, deixou claro que só o fará na regulamentação.

 

“O objetivo do prefeito Vitor Lippi (PSDB) é que o projeto seja aprovado da forma como foi enviado à Câmara. Todas as informações que buscamos na audiência ficarão para os decretos regulamentadores. Mas aí os vereadores não poderão opinar mais”, afirmou o vereador.

 

Arrecadação é prioridade

 

Outro ponto que Helio Godoy apurou como importante é o fato de a lei de inovação da Prefeitura privilegiar as grandes empresas. O secretário afirmou na audiência que o incentivo será dado a quem possa inovar. “Mas a pequena e média empresa não têm condições de fazer isso”.

 

O vereador defende que seja apresentado um novo projeto para incentivar também as pequenas e médias empresas. “O artigo 26 fala delas, só que de forma genérica”. Para ele, a administração quer uma arrecadação financeira elevada prioritariamente.

 

“Nossa orientação política é voltada para o social. Pensamos de forma diferente dessa que privilegia a arrecadação. O projeto da Prefeitura se baseia na estrutura das grandes empresas para dar suporte ao social. Entendemos que os dois devam caminhar juntos”.

 

O entendimento de se fazer uma outra lei foi aventado na audiência para o tema, mas no que se refere ao ponto que norteou a maioria das 20 emendas ao projeto: a tecnologia social, cuja base é consolidar uma economia solidária a partir de empresas incubadas.

 

(Assessoria de Comunicação do vereador Helio Godoy/PTB)