10/11/2011 09h08
 

     Por iniciativa do vereador Luis Santos (PMN), o encontro discutiu, entre outras questões, a remuneração dos catadores no município.

 

     As questões socioambientais e as cooperativas de reciclagem foram tema de audiência pública realizada na noite de quarta-feira, 9, na Câmara Municipal, por iniciativa do vereador Luis Santos (PMN). Participaram da audiência, o secretário municipal de Parcerias, Fernando Oliveira, e o vereador Izídio de Brito (PT), além de representante da Secretaria da Cidadania e da presidente do Ceadec (Centro de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento, Emprego e Cidadania), Rita de Cássia Gonçalves Viana.

 

     A audiência pública, que também contou com a participação de catadores e de representantes das cooperativas, debateu a questão dos resíduos sólidos e a coleta seletiva em Sorocaba. O vereador Luis Santos abriu o encontro lembrando que a questão do lixo tornou-se uma preocupação global, agora que o mundo ultrapassou a barreira dos 7 bilhões de habitantes, e observou que em Sorocaba, devido ao crescimento acelerado, com a implantação de dezenas de condomínios, o problema do lixo urbano tende a se agravar.

 

     Um dos consensos da audiência pública é que a coleta seletiva precisa manter-se interligada à inclusão social. Nesse sentido, o vereador Izídio de Brito defendeu a melhoria da remuneração dos catadores, hoje fixada em R$ 40 por tonelada. Segundo ele, sem incentivo aos catadores, não é possível aumentar a coleta seletiva. Desde o início de seu mandato, o vereador vem lutando pela implantação de uma política de gestão de resíduos sólidos no município, calcada na remuneração dos catadores, que já foi objeto de projeto de lei de sua autoria.

 

     O secretário Fernando Oliveira, que assumiu recentemente a pasta de Parcerias, afirmou que o objetivo da Prefeitura é universalizar a coleta seletiva no município até o final do ano que vem, atingindo todos os bairros. Quanto ao aumento das toneladas recolhidas, ele disse que vai depender da consciência da população. “No último ano, a Prefeitura investiu R$ 1,5 milhão na coleta seletiva, o que dá R$ 312 por tonelada, um valor até superior ao que a Prefeitura paga pela coleta convencional, via empresas”, afirmou o secretário.

 

     A presidente do Ceadec, Rita de Cássia Gonçalves, lembrou que a própria legislação federal recentemente aprovada obriga os municípios a investirem na coleta seletiva com inclusão social, sob pena de perderem recursos federais destinados ao setor de saneamento. A representante do Ceadec também observou que o BNDES dispõe de linhas de financiamento para o setor.

 

     Já o vereador Luis Santos enfatizou que, para se atingir o objetivo de aumentar a participação da coleta seletiva para algo em torno de 30% do lixo recolhido na cidade, será preciso investir pesadamente em infraestrutura para as cooperativas. E defendeu, entre outras medidas, que esse investimento seja contemplado no PPA (Plano Plurianual) a ser aprovado no próximo ano.