16/03/2012 16h44
 

Os problemas de omissão e precariedade no atendimento da Central de Regulamentação de Vagas do Departamento Regional de Saúde (DRS XVI) serão pautados em reunião entre a Comissão de vereadores que investiga os problemas no atendimento da Saúde Mental em Sorocaba e deputados estaduais. A reunião acontecerá na próxima segunda-feira, dia 19, às 10 horas, na sala de reunião da presidência da Câmara Municipal.

 

A necessidade do acompanhamento e ajuda nas investigações por parte dos deputados foi apontada em reunião realizada pelo presidente Izídio de Brito (PT), e os vereadores José Crespo (DEM) e Rozendo de Oliveira (PV), membros da Comissão, no último dia 29. Também fazem parte do grupo os pastores Neusa Maldonado (PSDB) e Luis Santos (PMN), relator dos trabalhos.

 

Foram convidados para discutir o problema da Central de Vagas do CHS, os deputados estaduais Hamilton Pereira (PT), Carlos Cezar (PSB), Rita Passos (PSD) e Maria Lúcia Amary (PSDB), a única que não confirmou presença.

 

A denúncia

 

Segundo denúncia feita pela Associação de Amigos, Familiares e Doentes Mentais de Sorocaba e Região (AFDM), pacientes com distúrbios mentais graves e usuários de drogas que dão entrada no setor de psiquiatria da Unidade Regional de Emergência do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) e que precisam ser transferidos para internação em hospitais psiquiátricos chegam a aguardar mais de três dias por uma vaga. A Central Reguladora de Vagas não funciona em finais de semana e feriados e em dias normais opera das 8 horas às 17 horas.

 

A Comissão

 

A Comissão Especial da Saúde Mental foi formada por iniciativa do vereador Izídio de Brito, com base em estudo realizado pelo Flamas (Fórum da Luta Antimanicomial de Sorocaba) apresentado aos vereadores na sessão de 3 de fevereiro de 2011, pelo professor Marcos Garcia. Segundo o estudo, “a média de óbitos na região é de 3,03 mortes por mês para cada mil internos, enquanto a média nos outros 19 grandes hospitais psiquiátricos do Estado não passa de 1,38 óbitos por mês para cada mil internos.”

 

Durante oito meses, a Comissão ouviu pessoas envolvidas com o tema, realizou dezenas de reuniões e visitou hospitais psiquiátricos da cidade. No relatório, apresentado em 25 de outubro do ano passado, recomendações foram indicadas, como a criação de uma comissão permanente para avaliação e fiscalização dos hospitais psiquiátricos e de saúde mental com representantes da prefeitura, Câmara, Ministério Público e Conselho Municipal de Saúde e a implantação de unidades terapêuticas.

 

(Assessoria de Imprensa do vereador Izídio de Brito Correia/PT)