Parlamentares presentes recebem sugestões de proprietários de bares e similares e devem apresentar mudanças à lei. Nova audiência foi marcada para dia 28 de maio
A Lei 10.052 que regulamenta o funcionamento de bares em Sorocaba foi tema de audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira,
O projeto de lei de autoria do Executivo foi aprovado pela Câmara após manifestação favorável do presidente do sindicato dos bares, Antonio Francisco Gonçalves, o Botafogo. Rozendo foi enfático: “Em nenhum momento a lei fala em fechamento de bares, a lei fala
Também participaram da audiência os vereadores Marinho Marte (PPS), Francisco França (PT), Anselmo Neto (PP), Claudio do Sorocaba I, Izídio de Brito (PT) e Vitor do Super José. Os vereadores presentes afirmaram ser favoráveis a mudanças na lei para atender as necessidades dos proprietários de bares e similares. “Nosso compromisso é estudar as propostas antes de apresentá-las a toda a categoria para análise em outras reuniões”, pontuou Marinho Marte.
Uma nova audiência pública para apresentação das alterações à lei foi marcada para a segunda-feira, 28 de maio, a partir das 9h30.
Manifestações: Em nome dos proprietários de bares, Sergio Renato Monteiro, afirmou que a categoria aceita a lei, mas é contrário a fixação de horário.
Anselmo Neto destacou que a intenção da nova lei é atingir bares utilizados para venda exclusiva de bebidas e comércio de drogas. O vereador lembrou que para isso já há legislação, mas falta fiscalização. Para Neto, a lei restringe a atividade do comércio em geral.
Francisco França destacou que muitos estabelecimentos não irão conseguir se adequar a todas as medidas a tempo e terão que fechar. O parlamentar também frisou que o presidente do sindicato dos bares, Antonio Francisco Gonçalves, o Botafogo, se posicionou a favor da proposta. “Legalmente, Botafogo representa os donos de bares e disse à Câmara, em nome dos proprietários, que a categoria era favorável à lei, depois de aprovada a lei, anunciou que era contra”, afirmou França. Os comerciantes afirmaram que não foram consultados.
Vanclei Franci, capitão do 7º Batalhão da Polícia Militar, afirmou que a PM é favorável à aplicação de lei semelhante em outras cidades como Diadema, Jandira e Itapevi. “As estatísticas comprovam, viaturas são acionadas diversas vezes para brigas
Em nome do sindicato dos trabalhadores, Cícero Lourenço Pereira, afirmou ser contrário aos argumentos da prefeitura e da polícia ao atrelar a diminuição da violência ao fechamento dos bares. Para ele já há legislação pertinente, sendo que a lei apenas cria o conselho e limita o horário.
Lei nº 10.052 - A referida lei estabelece normas especiais para o funcionamento de bares e similares e determina que esses estabelecimentos só poderão continuar abertos após as 23 horas se atenderem exigências especificadas na lei. No caso de descumprimento da norma, os estabelecimentos estarão sujeitos a multas que variam de R$ 1 mil a R$ 10 mil, entre outras penalidades.
De acordo com a lei, para solicitar a licença autorizando o funcionamento após as 23 horas, os bares e similares deverão apresentar os seguintes documentos: inscrição municipal; auto de vistoria do Corpo de Bombeiros; licença de funcionamento emitida pela Divisão de Vigilância Sanitária Municipal; laudo indicando tratamento acústico, quando houver música ao vivo ou eletrônica; comprovação de que o local possui acesso adequado a pessoas portadoras de deficiência; alvará de licença para construção, reforma ou ampliação e ou certificado de conclusão da obra; e parecer favorável de uma comissão da Prefeitura criada para este fim.