06/06/2012 12h58
 

 

   A descentralização ou readequações no local onde acontece o Programa Via Viva, da prefeitura, estão sendo solicitadas por moradores e comerciantes da Avenida Itavuvu e bairros adjacentes. Os problemas decorrentes do fechamento da avenida foram debatidos na noite de ontem, 06, em reunião realizada pelo vereador Izídio de Brito (PT), que contou com a participação de representantes da Guarda Civil Municipal, Urbes e secretarias municipais de Esportes e de Obras, além de moradores e comerciantes locais.

 

   De acordo com os presentes na reunião, que aconteceu na igreja da comunidade São Roque, no Cedrinho, a interdição da Avenida Itavuvu, ocorrida todos os domingos, atinge o trânsito de diversas ruas paralelas importantes, como a Atanázio Soares, a Raimundo Frutuoso da Silva e a Major Gambeta, entre outras.

 

   Segundo Geraldo Bertolazo, morador do Jardim Maria Antônia Prado, a dificuldade no acesso a muitos bairros da zona norte é enfrentada não só pelos motoristas, moradores da avenida e da região, mas também pelos pedestres e as ambulâncias da Unidade Pré-Hospitalar que buscam os caminhos alternativos entorno da Itavuvu. “O trânsito nas laterais da avenida está um caos, enquanto temos praças e parques na região desocupados”, desabafa.

 

   O técnico da Urbes, José Carlos de Almeida, explicou que o modelo do Via Viva foi copiado de projetos semelhantes que acontecem em outros países e cidades do Brasil. “Porém realizamos estudos antes da implantação do programa para que problemas no trânsito fossem minimizados”, explicou, se comprometendo em estudar melhorias para os pontos indicados pelos moradores.

   Com relação aos problemas de acesso das famílias que residem na Avenida Itavuvu, o chefe de divisão da Secretaria de Esportes, Silmar Abdala, os moradores têm o direito de passar pela avenida, contanto que guiados pelos guardas responsáveis pela segurança do local.

   “Não vejo o Via Viva como um projeto ruim, mas ele está no lugar errado e está nos prejudicando”, afirmou o comerciante Valdemir Nogueira da Silva. “Sou um pequeno comerciante e trabalho aos domingos, por depender dessa renda, mas também dependo do fluxo do trânsito para que meus clientes acessem meu comércio. Desde que o Via Viva começou, não tenho mais lucros aos domingos, o que acontece também com vários outros comerciantes do local”, reclamou.

 

   Abdala afirmou que enquetes foram realizadas com os usuários do local, e que a aceitação do programa foi bem avaliada. Já o comerciante criticou o método da enquete, que foi feita com usuários do local. “É claro que quem vai estar no Via Viva vai falar bem do programa, assim como os donos de restaurantes e lanchonetes da avenida, mas por que não realizam uma pesquisa entorno da Itavuvu e com os demais pequenos comerciantes que trabalham no domingo para saber do real impacto econômico e nas nossas vidas?”, rebateu Valdemir.

Encaminhamentos

 

   Após ouvir os presentes, o vereador Izídio reafirmou que o conceito do projeto Via Viva é bom e que deveria ser feito, não só pela manha, mas durante todo o domingo, mas que a escolha de uma avenida arterial na zona norte, que está em fase de crescimento constante, não foi acertada.

 

   O petista também ressaltou que os representantes da prefeitura presentes são técnicos responsáveis pela execução do projeto e que a decisão de mudanças é política. “Por isso, realizaremos um relatório de todos os pontos levantados e apresentaremos ao prefeito, junto de uma solicitação de reunião”, afirmou Izídio, se comprometendo em dar andamento às propostas de descentralização ou readequação do local junto de uma comissão de moradores e comerciantes. .

Fotos: Foguinho/ Imprensa SMetal

 

(Assessoria de Imprensa – Vereador Izídio de Brito – PT)