07/11/2013 12h52
 

Além da restrição do atendimento pediátrico à UPH da Zona Oeste e adulto à UPH da Zona Norte, vereadores questionaram a falta de médicos e a atuação da Corregedoria Municipal.

 

O secretário Municipal de Saúde, Armando Raggio, acompanhado do secretário de Governo, João Leandro da Costa Filho, esteve na Câmara nesta quinta-feira, 7, pela segunda sessão ordinária seguida para sanas dúvidas dos vereadores principalmente em relação a concentração do atendimento pediátrico na Unidade Pré-Hospitalar (UPH) da Zona Oeste. A principal preocupação dos parlamentares continua sendo o transporte dos pacientes da Zona Norte – agora com atendimento prioritário de adultos – para a UPH Oeste.

 

O secretário de Saúde novamente frisou que a concentração de plantonistas e pediatras é momentânea e que o objetivo do Poder Público é a descentralização do atendimento. A medida tomada, segundo Raggio, se deu para melhorar o atendimento diante a falta de profissionais em algumas especialidades como a pediatria, principalmente. O secretário destacou que a Administração fará o máximo esforço para aumentar o atendimento na rede básica.

 

Transporte entre UPHs: O primeiro vereador a se manifestar foi Waldecir Morelly (PRP) que novamente levantou a questão do transporte. O secretário afirmou que existe a possibilidade de melhoria na conexão do transporte coletivo, mas que ainda não tem conhecimento.

 

Sobre as Kombis disponibilizadas para o transporte de pacientes, lembrada na última sessão pelo vereador Marinho Marte (PPS), que criticou a medida, explicou que não são para casos de urgência e emergência, apenas para transportar membros da família e pacientes com baixa complexidade, com o objetivo de ajudar no deslocamento. Disse também que há o recurso de chamar o SAMU em caso de deslocamento impeditivo.

 

Também explicou que há equipes em vigília em cada UPH para atendimento de casos de emergências. “Se você tem um problema tão grave que vai comprometer sua saúde vá à unidade básica mais próxima”, recomendou o secretário. O secretário de Saúde afirmou que já tem sido constatada uma melhoria no atendimento, como também a apreensão da população que ainda não sabe se o ganho com o atendimento irá superar o tempo de deslocamento.

 

O vereador Cláudio do Sorocaba I (PR) solicitou que a prefeitura intensifique o trabalho de divulgação sobre a mudança, inclusive com panfletagem nos bairros para informar diretamente a população.

 

            Corregedoria: Como na última oitiva com o secretário de Saúde, o trabalho da Corregedoria da Prefeitura Municipal, incluindo a visita surpresa realizada recentemente na Policlínia, quando foi constatada atraso e falta de médicos escalados, foi comentada pelos vereador José Crespo (DEM) e Marinho Marte (PPS).

 

Em resposta a Crespo, Raggio afirmou que ainda não recebeu o relatório do corregedor Gustavo Barato relativo a esta visita. Sobre o acompanhamento das chamadas correições, Marinho Marte informou que está apresentando na Casa, projeto prevendo que a cada mês seja encaminhado um relatório à Câmara.

 

Segundo o secretário de Governo, os médicos faltosos estão sendo repreendidos e sofrendo sanções e os dias estão sendo descontados. O secretário, porém, defendeu cautela nas investigações para permitir a ampla defesa dos denunciados.

 

Demais pedidos: O vereador Fernando Dini  (PMDB) cobrou uma comissão para analisar casos de urgência e emergência, “É preciso eficiência para viabilizar cirurgias em tempo recorde. A parte burocrática tem que ser sanada nesses casos mais urgentes”, afirmou. Segundo o secretário de Saúde, a partir desta semana está disponível no Paço Municipal, no escritório do TFD – Tratamento Fora do Domicílio, uma equipe com acesso à central de regulação e do corpo clinico para atender os pacientes e estudar estes casos. 

 

Marinho Marte por sua vez manifestou preocupação com as equipes do programa  Médico da Família, que, segundo informações, estariam sendo paulatinamente desativadas. O secretário negou a informação, destacando que há apenas mudança do nome, hoje Saúde da Família, inclusive com expectativa de ampliação. 

 

Já os vereadores Francisco França e Carlos Leite do PT questionaram a participação de Sorocaba no programa “Mais Médicos” do Governo Federal. Raggio informou que o município está inscrito desde julho, sendo que oito unidade podem receber médicos, num total de 20 profissionais. “Não podemos abrir mão desta possibilidade, mas os critérios consideram que cidades com indicadores mais favoráveis (como Sorocaba) não serão prioridade, mas há o compromisso de cumprir a demanda”, explicou.

 

Luis Santos lembrou o sofrimento dos pacientes que fazem hemodiálise fora do município e sugeriu a implantação de mais uma clínica. O secretário de Saúde informou que o Conjunto Hospitalar vai abrir uma clínica para atendimento na área. Por fim, o vereador Saulo do Afro Arts (PRP) quis saber se há programação para aumento de médicos para a demanda de horários de pico ou em dias de procura excepcional. “A estratégia é reforçar a rede básica”, afirmou Raggio.