Sob a presidência do vereador Carlos Leite (PT) e tendo Pastor Apolo (PSB) como relator, a CPI ouviu o diretor Adhemar Spinelli
A CPI que investiga problemas no abastecimento de água do município de Sorocaba, conhecida como CPI do Saae, realizou sua primeira oitiva na tarde desta terça-feira, 18, logo depois da sessão ordinária que teve a oitiva da secretária de Desenvolvimento Social, Edith Di Giorgi. A CPI do Saae, presidida pelo
O
O vereador Izídio de Brito (PT) quis saber, também quando o Saae irá devolver aos consumidores os valores que foram cobrados a mais nas contas. O diretor geral explicou que o Saae, em sua gestão anterior, fez um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público, mas o MP entendeu que o pagamento não foi feito da forma como devia. “Voltamos a conversar com o Ministério Público a respeito do TAC e vamos fazer a devolução do dinheiro, mas ainda não há um prazo previsto para que isso ocorra”, afirmou Adhemar Spinelli. O vereador José Crespo (DEM) cobrou, então, que o Saae defina um prazo para que isso ocorra.
Obras paradas – Entre outros questionamentos, Izídio de Brito indagou sobre a obra de contenção de cheias do Córrego Água Vermelha, que não foi concluída. O diretor do Saae disse que a obra se iniciou com o projeto básico e, a partir do projeto executivo, viu-se a necessidade de fazer um aditamento no contrato, mas como o valor extrapolava o limite permitido por lei, será feita nova licitação, que, segundo ele, deve ser concluída nos próximos 60 dias. O vereador também indagou sobre os R$ 35 milhões de reais que foram investidos nas adutoras da Serra de São Francisco e quis saber se a situação das adutoras é estável. Adhemar Spinelli afirmou que, em 2004 e 2006, ocorreram rompimentos da adutora e que o Saae investiu nas obras de contenção, com recursos da Caixa. “A situação dessa adutora, hoje, é estável”, garantiu, afirmando que são feitas vistorias frequentes no local.
O vereador José Crespo sugeriu que o Saae financie caixas d’água para as famílias carentes (não de forma gratuita, mas cobrando um valor a prazo na conta de água), uma vez que, por falta desse equipamento, elas são as que mais sofrem quando ocorrem interrupções no fornecimento de águas. O diretor do Saae considerou que é um assunto a ser estudado. Crespo também fez uma série de indagações sobre questões técnicas do Saae e obras paradas, como a Estação de Tratamento de Esgoto de Aparecidinha, em que a empreiteira recebeu adiantado, mas não concluiu a obra, motivando questionamento do próprio TCE (Tribunal de Contas do Estado). O diretor do Saae disse que foi aberta uma sindicância e que também foi movida uma ação contra a empresa. Crespo sugeriu, então, que os casos de sindicância sejam feitos pela corregedoria para evitar o corporativismo. O vereador também tratou das perdas de água do Saae. Adhemar Spinelli explicou que, por enquanto, não é possível estratificar os 39% de perdas para saber o que se deve a vazamentos ou a desvio, por exemplo.
Fechando os trabalhos da CPI, o