14/06/2021 07h41
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Vereadora questiona se o prefeito e o secretário da Educação irão se responsabilizar por prováveis surtos de Covid-19 nas escolas municipais

A vereadora Fernanda Garcia (PSOL) oficiou a Prefeitura, reivindicando a suspensão das aulas presenciais na rede pública municipal de ensino. De acordo com a parlamentar, “ainda não há segurança para retomada das aulas de maneira presencial”. No documento dirigido ao prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) e ao secretário municipal de Educação, Márcio Bortolli Carrara, ela ainda questiona se eles irão se responsabilizar por possíveis surtos de coronavírus no sistema educacional, bem como indenizar os trabalhadores e familiares atingidos por uma possível propagação do vírus.

“Creio que na política os agentes públicos precisam ter responsabilidade. Não se toma uma decisão como essa, que pode expor trabalhadores e alunos, de maneira tão arbitrária. Estamos vendo diversos casos de suspensão de aulas na rede estadual e, também, surtos de Covid-19 na rede particular. No meu questionamento, pergunto se o prefeito e o secretário de Educação vão assumir a responsabilidade pelos surtos que acontecerão com a reabertura das escolas nessa terceira onda da pandemia no Brasil – se eles querem tomar uma decisão arriscada como essa, precisam assumir as responsabilidades”, explica.

Fernanda relembra no documento outros elementos preocupantes em relação à retomada das aulas nesse momento, como a elevação do índice de confirmações de casos, o que, segundo ela, aponta para uma terceira onda de Covid-19 em Sorocaba e que, além disso, os professores não receberam a segunda dose da vacinação.

“Estamos avançando lentamente no processo de vacinação. Se já estamos há mais de um ano, o que custa esperar que os professores tomem as duas doses e que a gente possa avançar na imunidade coletiva? É mais seguro e responsável”, questiona a vereadora.

De acordo com o dado apresentado pela Secretaria Municipal de Saúde, a pedido do Jornal ZNorte, Sorocaba já apresentou 1.277 casos diagnosticados de Covid-19 em crianças de 0 a 11 anos. Entretanto, o número deve ser muito maior pela falta de testagem em massa. Vale lembrar que ainda não existe vacina para menores de 16 anos.

A Prefeitura retomou durante essa semana as aulas presenciais para o Ensino Fundamental II (entre 11 e 14 anos), pretende retomar no dia 28 de junho as atividades de Berçário e Creches 1 e 2 (de quatro meses a dois anos de idade), enquanto Ensino Fundamental I (de 6 a 10 anos), Creche 3 (a partir de 3 anos) e Pré-escola (de 4 a 5 anos) só não entraram no cronograma devido ao atraso na entrega de máscaras infantis.

“São mais de 60 mil crianças na rede municipal. As escolas em funcionamento presencial são os espaços com a maior chance de transmissão do vírus, pela grande aglomeração que promovem entre os alunos e pelo aumento na demanda de transporte”, aponta Fernanda Garcia.


(Assessoria de Imprensa – Vereadora Fernanda Garcia/PSOL)